segunda-feira, 28 de novembro de 2011

EÇA de QUEIROZ - O Tesouro

Como sabem, vamos iniciar o estudo do conto O Tesouro. Mas, para isso, precisamos de recordar o tempo da ocupação árabe, o que podem fazer consultando o trabalho de março do ano passado. No entanto, não basta - temos que ter outras informações. Assim, eis o trabalho que vos proponho:
1- Quem era Eça de Queiroz? O que escreveu? Como e quando viveu?
2- O que sabemos sobre o reino das Astúrias? E sobre o seu rei, Pelágio?
3- A capa de O Tesouro,que está abaixo, foi bem conseguida? Está ela de acordo com a moralidade do conto?
4- Qual a simbologia das palavras destacadas em baixo? Onde aparecem elas no conto?





Quanto ao vocabulário, podem aceder a um dicionário virtual sobre este conto através do link http://www.myebook.com/index.php?option=ebook&id=102104 . Este foi feito com base no vosso trabalho em Oficina de Estudo.

7 comentários:

  1. Aqui está a simbologia das palavras " ouro" e " lareira"."Ouro", simbolicamente é considerado na tradição como o mais precioso do metais, é o metal perfeito. Em chinês "kin", é designado por metal e ouro. Na India é a luz mineral.Representa a riqueza e a prosperidadade. No conto, no entanto, é simbolo da pervenção, dos desejos impuros, da ganância. Aparece nas linhas27,35,45, no capítulo I do desenvolvimento. Por exemplo: "É dentro, até ás bordas, estava cheio de ouro!". Simbolicamente a palavra lareira é o simbolo da vida em comun, da casa, da união, da conjunção do fogo e do seu recetáculo. No conto tem significado oposto, pois aparece na frase "(...)diante da vasta lareira negra, onde desde então não estalava lume(...)" - capítulo I, linha 7.

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  2. Simbologia de corvo:
    Parece concluir-se de um estudo comparativo de costumes e crenças de numerosos povos que o simbolismo do corvo só recentemente adquiriu o seu aspeto negativo, e quase exclusivamente na Europa. É considerado, com efeito, nos sonhos como uma figura de mau agouro, ligado ao medo da infelicidade. É a ave dos românticos, planando por cima dos campos de batalha para se refastelar com a carne dos cadáveres. Contudo, em quase todo o lado é sobre as virtudes positivas que se constrói o seu simbolismo.
    No conto tem, no entanto, conottação negativa: "Um bando de corvos passou sobre eles (...)".

    Simbologia de música fúnebre:
    Esta representa luto, preconceito e má intenção.
    Guanes canta-a, quando devia estar alegre:
    "Olé! olé!
    Sale la cruz de la iglesia,
    Vestifa de negro luto..."

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  3. José Maria de Eça de Queirós nasceu em Póvoa de Varzim, em 25 de Novembro de 1845, e morreu em Paris, em 16 de Agosto de 1900. Diplomata e escritor muito apreciado em todo o mundo, é considerado um dos maiores escritores portugueses de todos os tempos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de “Os Maias” e “O crime do Padre Amaro”. Este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.
    Eça de Queiroz, depois de ter estudado nalguns colégios do Porto, matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, completando a sua formatura em 1866. Foi depois para Leiria redigir um jornal político, mas não tardou que viesse para Lisboa, onde vivia o seu pai, e, em 1867, estabeleceu-se como advogado, profissão que exerceu algum tempo, mas que abandonou pouco depois, por não lhe parecer que pudesse alcançar um futuro lisonjeiro. Era amigo íntimo de escritor Antero de Quental, e com ele e outros formou um grupo que discutia termos actuais e que levou Portugal a modernizar-se nas artes e no pensamento. Esse grupo foi o responsável por um novo estilo literário - o realismo.

    Alexandra Resende Bessa

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  4. Simbologia de Telha:
    Refere-se na ausência de vidraça e telha na casa dos irmãos no primeiro momento. A telha é citada, no segundo momento, fazendo parte da imaginação de Rui. Quanto à simbologia, “telha” significa proteção.
    “... o vento da serra levara vidraça e telha, passavam eles tardes desse inverno...”
    “... pensava em Medranhos coberto de telha nova, nas altas chamas da lareira por noites de neve...”

    Simbologia de água:
    Em muitas partes, a água é citada. Tanto em forma de “fio de água”, como “fonte”, que lavava o morto. Quanto à simbologia, a água é riquíssima, mas representa principalmente a “vida”, e a “purificação” tanto em no nascimento (fonte) como em no estado inerte (tanque). Temos referências nos fragmentos:
    “Rostabal caiu sobre o tanque, sem um gemido, com a face na água, os longos cabelos flutuando na água.”
    “... entre uivos, procurava o fio de água, que recebia pelos olhos, pelos cabelos.”
    “A fonte, cantando, lavava o outro morto.”

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  5. O Reino Asturiano tem como região os territórios ocidentais e centrais da cordilheira Cantábrica,no norte da Península.
    O Reino das Astúrias foi a primeira região a ser libertada do domínio dos Mouros,após a invasão da Península Ibérica,em 1917.
    Depois da ocupação dos Muçulmanos,Pelágio juntamente com outros nobres Visigodos foram presos,mas conseguiram fugir e refugiou-se nas Astúrias,iniciando a resistência contra os mouros.
    Pelágio ganhou a batalha de Covadonga e embora no final terem sobrevivido apenas 10 soldados,esta batalha foi considerada o ponto de partida para a reconquista Cristã.
    Pelágio foi então aclamado rei das Astúrias,tendo morto o rei mouro que o tinha aprisionado,Munuza.

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  6. Aqui envio a simbologia de "vinho" e "três".

    O NÚMERO 3
    O número 3 tem uma grande importância simbólica de união e equilíbrio, aparecendo na “Santíssima Trindade”, em “Os Três Mosqueteiros”, etc, sendo recorrente a sua presença na literatura e nas artes.
    Três também é um número chave da democracia, pois é a quantidade mínima de pessoas necessárias para que se consiga tomar uma decisão em grupo.
    Três ainda é usado como pedido de ajuda. Para pedir socorro no deserto ou em alguma outra região, basta fazer 3 fogueiras, porque o 3 é um código mundial.
    Sendo um número perfeito, o três aparece no conto várias vezes: “ os três irmãos de Medranhos (…)”; “(…) a comprar três alforges de ouro, tres maquias de cevada, três empadões de carne e três botelhos de vinho.”; “ três chaves nas suas três fechaduras (…)”. Vê-se, assim, que os irmãos, pela sua ganância, destruíram algo que podia ser perfeito – a sua vida em conjunto.

    VINHO
    O vinho é a bebida da vida ou da imortalidade, mas também é geralmente associado ao sangue. No conto, os três irmãos bebem vinho.

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  7. Quanto às questões "A capa de O Tesouro,que está abaixo, foi bem conseguida? Está ela de acordo com a moralidade do conto?" a nossa opinião é a seguinte:
    Na nossa opinião, a capa, em relação ao conteúdo do conto “O Tesouro”, está bem conseguida, porém podia ser melhorada em certos pormenores.
    O pano que ilustra a capa, pretende transmitir a dificuldade de possuir um tesouro em conjunto, com a intenção principal de o partilhar. Existe complicações, já que, embora as pessoas pareçam honestas e sinceras, nem sempre o são.
    Na capa, à primeira vista, vemos apenas um mero pano, porém, se olharmos para além do que está à vista, descobrimos que este é composto por uma série de fios individuais. Também no conto isso se pode verificar. As personagens começam por ser apresentadas colectivamente, mas, à medida que a acção progride, a sua caracterização vai-se individualizando, como que sublinhando o predomínio do egoísmo individual.
    O facto de o pano ter manchas de cor vermelha simboliza a morte dos irmãos devido à tentativa de ficarem com o tesouro sem o terem de repartir. O vermelho simboliza o sangue, o egoísmo e também, no fundo, a obsessão de querer tanto uma coisa ao ponto de se esquecer da fidelidade entre irmãos. Para além das manchas no pano, este também se encontra rasgado. Isto representa que a confiança e a lealdade entre irmãos havia sido quebrada, ou “rasgada”, por assim dizer, a fim de um só lucrar com o tesouro.
    Fábio Santos, o ilustrador, pretende transmitir o que Eça de Queiroz transmite no conto. O autor reflecte sobre a natureza humana e a sua relação com a riqueza material.
    Na nossa opinião, por um lado, em vez de existir apenas uma chave, podia haver três (já que o número de irmãos é três e cada um tinha uma chave). Por outro lado, esta ideia de só haver uma chave está correcta pois, mortos os dois irmãos, só um é que tem a possibilidade de ficar com o tesouro e usufruir dele.
    Cada um tem a sua própria interpretação e opinião final, mas, no geral, a capa está bem relacionada com o conto.

    Ana Filipa e Isabel

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